O céu tímido dava resquícios do que seria o frio inesperado, porém bem vindo depois de longos dias de calor. Essa estação provoca o ato de pensar, as reações são diversas e inquietas. Alguns pensam sobre o amor, outros em algumas comidas que seriam típicas do inverno, outros desejam ir para lugares ainda mais frios, sair, e, os que mais amam o calor preferem que o sol ressurja com toda sua luz aquecedora.
Nessa mesma tarde, as crianças ao saírem da escola estão todas bem agasalhadas, juntas, o que provavelmente ocorre em função do vento do entardecer, que se afina e esfria. Se formos pensar o inverno, sentiremos gratidão, até mesmo os ingratos, pois nenhuma outra estação nos une tão bem.
Ironicamente à noite, todos se trancam em suas masmorras, inocentes sentem estarem protegidos de todos e do vilão: o frio.
Se utilizássemos a inteligência poderíamos fazer vários programas com os amigos, família e tornar mais agradável o que já o é.
Outra inquietação do inverno é lembrar a infância, são tantos os sonhos que nos percorrem, mesmo quando adultos, não sonhamos tanto quanto na fase onde temos uma alegria imensa ao ver um bolo de cenoura recheado com chocolate, como perdemos esse dom de admirar o simples e sonhar como se estivéssemos a dormir?
Depois da linda infância para alguns, pois ainda existem os que a detestam e nem sequer apreciam lembrá-la, as responsabilidades surgem, os dedos, pés, corpo, tudo cresce, aquela delicadeza some, dá lugar ao rústico ou belo e em alguns ainda sobram o meigo, doce, a delicadeza.
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José Boldt - Arco-Iris |
Viva o Inverno que propicia o calor humano!