André Kertész, Distortion. Miroir. Mirror. Spiegel. Verzerrong. |
I. Criamos a cria que cria a nossa
ferida.
II. Cela: a circunferência
confeccionada a nossa volta.
III. Cera: o prazer do fogo em
consumir o fio.
IV. O vazio se configura em um status
complexo, nunca se está vazio, seja dentro ou fora. Muitas coisas passam,
perpassam, somente reina, nesse instante vazio, uma relativa ausência de
sentido, ligação frágil, por instante rompida, o lugar, os objetos, ausência de
palavras, o silêncio. Templo sem sentido? A marca texto desliza sobre o papel,
a manchar com cor as letras, na tentativa de em vida eternizá-las grifando-as.
Tão fugaz, percebera em si, como estrondo, que o ato não prende a frase, só a
destaca do todo, ainda sim fugaz.
V. Quando as cores se misturam,
anoiteço.
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